Mas quem é Jadir Costa Filho? Ele é um brasiliense, formado em medicina veterinária na primeira turma da Faculdade de Ciências Agrárias – Agroplac no Gama, hoje atual UniCeplac, no ano de 2002. Ele também buscou aperfeiçoar a sua formação na área de cirurgia em pequenos animais, trilhando seus primeiros passos na profissão, por alguns anos. Além de clínico, também trabalhou como professor acadêmico.
Depois deste período, despertou o interesse na área de saúde pública e hoje faz mestrado na Fiocruz, em Vigilância e Controle de Vetores. Atualmente é Diretor de Vigilância Ambiental e Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Em entrevista, o médico-veterinário, Jadir Costa Filho conversou sobre sua progressão profissional até chegar ao CRMV-DF.
Dr Jadir, o senhor já havia trabalhado em entidades de classe?
Entidade de classe eu confesso que é a primeira vez que participo. Até eu mesmo me surpreendi. Mas a ideia de participar foi a partir de conversas com alguns colegas e entendendo que eu poderia contribuir.
Como você acha que poderá ser esta contribuição para as profissões e aos profissionais do DF?
Eu trabalho com o ex-presidente Laurício Monteiro Cruz, na Secretaria de Saúde do DF. Nós já conversamos muito sobre questões profissionais e extraprofissionais também. Foi daí que surgiu, de forma embrionária, essa visão de contribuição para o Conselho. Eu sei do trabalho realizado pelo Laurício, de todo enxugamento da máquina, da recuperação de ativos em sua gestão. Eu acredito que com a minha experiência de gestão pública, poderei contribuir também, não só em perpetuar, mas também em melhorar o trabalho realizado por ele.
Como foi a mudança do Ministério para a Secretaria de Saúde do DF?
Fiz o concurso da Secretaria de Saúde do Distrito Federal em 2010. Na época eu ponderei muito em trocar área federal para área regional, mas uma série de fatores me levaram para a escolha pela gestão estadual.
A sua atuação no Ministério da Saúde que te fez mudar de área de atuação profissional?
As atuações, tanto do Ministério da Saúde, quanto na Secretaria de Saúde do Distrito Federal sempre foram intercaladas entre a área de vigilância e compras públicas. Mas no Ministério eu comecei a adquirir uma ampla experiência em administração e gestão pública na área de licitações e contratos, e gosto também dessa área. Mas atualmente, na Secretaria de Saúde minha atuação está sendo na área de vigilância em saúde.
Na secretaria de saúde, você pode falar um pouco da sua rotina?
Atualmente eu estou como Diretor de Vigilância Ambiental e Saúde, é uma diretoria ligada a vigilância em saúde, na qual fazem parte algumas gerências e núcleos de atuação. Esta diretoria coordena as ações de campo daqueles agentes de vigilância ambiental que bate na porta das pessoas diariamente, no combate aos mosquitos, vetores, animais peçonhentos, zoonoses. Também tem um trabalho importante com vigilância de fatores não biológicos, no caso de populações expostas a agrotóxicos, água, solo, contaminantes, então tudo isso abarca a Diretoria de Vigilância Ambiental e Saúde.
Como é a medicina veterinária nesse setor que o senhor trabalha
É fundamental a atuação do médico veterinário. Somos extremamente carentes de colegas da profissão, sabemos que o quadro é muito defasado. Os concursos têm muito tempo que não abrem vagas para o quadro, e muitas vezes, os colegas entram por meio de nomeação ou em outras funções, como analista de nível superior e posteriormente são colocados para trabalhar na sua área de formação.
O conselho pretende agir nessa área? Buscar mais espaço para o médico-veterinário na saúde pública do Distrito Federal?
Sim. Acredito que esse trabalho já foi iniciado na gestão do Dr Laurício, mas será reforçada cada vez mais esse laço com os órgãos públicos. São carências profissionais tanto de médico-veterinário quanto dos zootecnistas. Aonde tiver a nossa necessidade, a nossa inserção que esteja carente, eu acredito que nós temos que atuar sim.
Antes de trabalhar com Saúde Pública, você atuou no atendimento de Clínica de Pequenos Animais. Como foi essa mudança?
Comecei a me interessar pela saúde pública e ingressei por concurso no quadro do Ministério da Saúde no ano de 2010. Cheguei a conciliar as duas áreas durante um tempo, mas chegou uma hora que ficou inviável e tive que escolher. Atualmente, ainda faço alguns atendimentos, mas de forma bem seletiva, clientes antigos ou animais que conheço, mas o gasto de energia e a dedicação é maior com a saúde pública.
Por ter experiência, tanto na área de pequenos animais, que corresponde a maioria dos profissionais registrados no DF e atualmente trabalha no setor público e gestão de saúde. O senhor acha que essa visão ampla dessas diferentes áreas de atuação pode ajudar o senhor na gestão do Conselho?
Sim. A experiência vai ajudar sim. Mas também acho que falta aos nossos colegas veterinários, conhecer mais a área de saúde pública. É uma formação bem generalista que nos leva a entender várias nuances, vários fatores que impactam na saúde pública.
O seu incentivaria seus colegas a investir em conhecimento na área de saúde pública?
Certamente eu acho que é um campo para ser desbravado. É muito bom e eu acredito que nesse viés, nossa Diretoria-Executiva tem pautado em nossas conversas preliminares, a educação, capacitação com as Câmaras Técnicas, de modo a mostrar ao profissional, as diversas áreas de atuação, entre elas a saúde pública.
E a relação ao CRMV-DF e os empresários. Muitos deles são empreendedores, seja médicos-veterinários ou zootecnistas?
Primeiramente, tanto os empresários quantos os empreendedores, poderão esperar um Conselho mais receptivo. Sei de algumas de algumas dificuldades, tanto como localização e o acesso a sede do CRMV-DF, que é dificultada pelo estacionamento, e até mesmo a acessibilidade. Então, uma das primeiras ações será receber melhor este profissional e esse empresário, de forma que ele se sinta com pertencimento este local. Eu acho que é muito importante. Agora, com relação mais específica ao empresariado, vamos pensar em algumas formas de reuniões bimestrais, para ouvir suas necessidades, suas angústias, etc. Tem muita coisa nova acontecendo que a gente escuta, sobre alguns colegas que estão atuando de forma que estão gerando conflito e tudo isso é importante seu ouvido e debatido.
A sua Chapa que ela foi montada buscando diversidade para atender as mais variadas demandas da sociedade do Distrito Federal?
Entendo a importância da multidisciplinaridade. Nós temos gente com experiência em saúde pública, pecuária, pequenos animais, grandes animais, então todos os setores estão bem representados. Eu gostaria de deixar claro para os colegas, que as divergências de opiniões sempre irão acontecer o que é extremamente saudável. A longo prazo, em uma próxima eleição, por exemplo, é importante a participação de outros colegas. Não é fácil montar uma chapa e abraçar a causa de todos envolvidos. Mas vamos tentar crescer. A divergência é saudável e vamos ter três anos para alinhar ideias e debates. Nós estamos de portas abertas para isso, mas também é importante que os profissionais se sintam acolhidos por este Conselho.
Qual sua visão do funcionamento do sistema CFMV e Conselhos Regionais de Medicina Veterinária?
Minha opinião é que a gente deve estar cada vez mais inserido No sistema. Recentemente recebemos a visita do presidente do CFMV, Dr Francisco, o qual explicou de forma muito clara e brilhante o trabalho do CFMV e como os Regionais podem atuar. Ele também falou do colegiado de presidentes, então, assim em primeiro momento, penso que é de grande importância participar efetivamente dessas reuniões e colegiados com os presidentes Regionais. Acredito que dessa forma é possível entender melhor como pode ser feita uma troca de experiência, troca de saberes e de situações locais que a gente possa implementar aqui no DF, e a partir daí avançar cada vez mais no estreitamento das relações.
Qual a sua mensagem final para os profissionais do DF
Eu quero deixar claro a questão de transparência, palavra que nós inserimos em nossa Chapa. Será o ponto de partida para o colega que eventualmente sentir alguma necessidade, alguma dúvida. Digo que, antes de procurar qualquer outro tipo forma para buscar informações, venha bater à porta do CRMV-DF, marque um horário, nós estamos de portas abertas para entender o colega, o empresariado quem tiver alguma dúvida, e precisar do nosso apoio. Venha, que será muito bem recebido. Terá as portas abertas do Conselho e de seu presidente para os devidos esclarecimentos.
Assessoria de Comunicação Social do CRMV-DF
22 de fevereiro de 2022
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