Hoje é o dia mundial da alimentação, 16 de outubro. O alimento é um fator essencial não só para a nossa sobrevivência, mas também para a nossa qualidade de vida, já que o consumo de alimentos de qualidade é indispensável para o bem-estar de todos os seres vivos. Sabemos que médicos-veterinários e os zootecnistas estão ligados diretamente a cadeia de produção de alimentos de origem animal, observando e garantindo a sua qualidade para o consumo. Eles desempenham um papel muito importante, que permeia vários setores da cadeia produtiva.
Para conhecer um pouco mais do trabalho destes profissionais, a médica-veterinária Adriana Lopes Ribeiro Lelis e o zootecnista Maximiliano Tadeu Memoria Cardoso, ambos da Emater-DF, explicam como cada um trabalha e como as profissões se complementam, sempre observando a sanidade, custo/benefício, bem-estar animal e equilíbrio ambiental. Adriana tem pós-graduação em Tecnologia da Carne e está fazendo MBA em Bovinocultura Leiteira. Maximiliano tem especialização em Agronegócio e mestrado em Ciências Animais.
Médica-veterinária Adriana |
Zootecnista Maximiliano |
Adriana explica que o médico-veterinário trabalha na questão da saúde dos animais. “Em alguns casos, em uma visita eu verifico a saúde dos animais, mas se eu identifico uma vulnerabilidade nutricional eu oriento o produtor a agendar uma visita de um zootecnista”. Maximiliano confirma a explicação e complementa: “Quando chego na fazenda, analiso e faço as recomendações pertinentes, mas as vezes é necessária a participação de um terceiro ou quarto profissional, como de engenharia agrônomica, por exemplo”.
Médicos-Veterinários e Zootecnistas também procuram os serviços, como produtores. Adriana relata um caso que é comum em todas as áreas profissionais, ainda mais quando uma profissão possui muitas vertentes de atuação. “Eu já atendi um produtor, médico-veterinário com filhos também da mesma profissão, todos eles trabalhavam com reprodução em bovinocultura de corte. Ele nos chamou por que a sua demanda era para um novo projeto, piscicultura e ele preferiu consultar alguém que pudesse ajudar. ”
Maximiliano também já encontrou colegas trabalhando na área e buscando orientação de outro setor da Emater, no caso profissionais da área de engenharia agrônoma. “A troca de experiências de trabalho, conhecimento técnico é constante no dia-a-dia. As visitas e as conversas que temos com os produtores aumentam a nossa bagagem de conhecimento na cadeia produtiva como um todo, o que nos permite participar da cadeia multidisciplinar que rodeia o agronegócio”.
Segundo a médica-veterinária, o trabalho do extensionista da Emater se baseia em um tripé composto por nutrição, ambientação e genética. “Quando eu dou condições para o animal estar na melhor forma ele vai produzir mais, porque primeiro ele se sustenta, depois ele vai reproduzir e por fim, produzir”. E complementa o terceiro fator: “A seleção genética possibilita a melhoria da produção de aves, por exemplo. Isso é bem observado devido ao curto ciclo de produção desses animais”.
Mas como o consumidor final percebe o trabalho desses profissionais? Segundo Adriana, é uma relação de confiança. “Acredito que os nossos esforços em produzir um alimento seguro para ser consumido é o mais importante. Em uma das empresas que trabalhei, fui orientada a olhar o meu trabalho com os olhos do consumidor, e isso me fez redobrar o cuidado que eu já tinha com o meu trabalho”. Os profissionais que estão envolvidos com a produção de alimentos têm um compromisso de confiança entre a produção e o consumidor.
Bem-Estar
Maximiliano explica que se o animal não estiver bem, ele não irá produzir bem. “A partir do momento que o produtor toma a decisão de mudar a forma de produzir, a cadeia produtiva toda sofre impacto. Tomo como exemplo um produtor de aves que troca o uso de gaiolas para criar os animais soltos no chão. Teremos que calcular o espaço que cada ave irá ocupar, o que demandará um maior investimento em infraestrutura, que irá gerar uma ocupação maior de terreno e isso poderá impactar no valor do produto ou na produção dos animais. Tudo isso deve ser avaliado. ”
Ele explica que a demanda mundial por animais produzidos de maneira sustentável mostra bem a mudança do perfil do consumidor. Antes os alimentos eram produzidos, vendidos e consumidos. Hoje em dia o produtor busca atender as demandas do consumidor. Esta relação passa pela produção ecologicamente viável, com questões éticas, ecológicas até a qualidade e sanidade exigida pelos órgãos de controle.
Impacto social
O trabalho do médico-veterinário e do zootecnista também chegam a influenciar o preço dos alimentos, possibilitando pessoas carentes adquirir o seu sustento. “Quando otimizamos a cadeia produtiva, conseguimos diminuir os custos e aumentar a produção, e este processo interfere no preço do produto final, podendo barateá-lo”. Explica Maximiliano, sobre a importância do aperfeiçoamento da produção com uso de novas tecnologias para melhorar o rendimento do produtor, proporcionando uma melhor rentabilidade, além de diminuir o valor do alimento para o consumidor, assim podendo proporcionar o acesso de alimento por todas as classes sociais.
A relação de produção de alimento, vai além na nutrição humana, mas também passa por relações sociais e econômicas. Nos estados, muitos produtores familiares produzem alimentos que são distribuídos em seus municípios. Eles geram emprego e renda para suas famílias e também na sua região. Portanto, neste ramo a medicina-veterinária e a zootecnia vão além das questões nutricionais, sanitárias, mas avançam sobre fatores econômicos e de desenvolvimento social, também.
Adriana e Maximiliano explicam que a Emater-DF possui 16 escritórios em todo o Distrito Federal. Os produtores rurais que tem interesse em melhorar a sua produção, ele deve procurar o escritório mais próximo de sua propriedade e agendar uma visita dos profissionais. No caso de produtores de alimentos de origem animal, irão receber orientação de Médicos-Veterinários e Zootecnistas, além de outros profissionais, para aperfeiçoar a sua produção. Por ano são atendidos cerca de 20.000 produtores rurais com aproximadamente 140.000 atendimentos, em Brasília.
Assessoria de Comunicação Social do CRMV-DF
16 de outubro de 2020
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