O fator sanidade tem sido de fundamental importância neste ano que enfrentamos o grande desafio da Covid-19. Mas é importante destacar que também há outras doenças, que são transmitidas de animais para seres humanos, as conhecidas zoonoses, com é o caso da esporotricose. Para o melhor tratamento da doença é fundamental um bom diagnóstico, segundo o Méd. Vet. Lucas Edel, membro da Câmara Técnica de Saúde Pública do CRMV-DF e professor do UniCEUB. Ele está desenvolvendo a pesquisa intitulada “A complexidade da esporotricose: médico veterinário clínico sabe diagnosticar e tratar esta doença?” pesquisa sobre o diagnóstico da doença. ”. (clique aqui e participe da pesquisa e ajude a pesquisa do professor).
O objetivo da pesquisa é avaliar o conhecimento do profissional frente a um caso suspeito e/ou confirmado de esporotricose no Distrito Federal. “Nós queremos saber se os médicos-veterinários sabem realmente diagnosticar a doença”. O professor iniciou a sua pesquisa devido ao aumento de casos, com registros de surtos na Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e também já tivemos diagnóstico no Distrito Federal. “A gente tem uma subnotificação destes casos e algumas doenças elas acabam mimetizando a sintomatologia clínica da esporotricose em felinos, como é o exemplo da dermatomicose que também é causada por um fungo e é semelhante”. Explica Lucas sobre a importância de se conhecer as características da doença para uma melhor identificação da esporotricose.
Ele explica que a esporotricose é uma doença em expansão no Brasil, causada por um fungo, presente no solo e na vegetação. Pode afetar diversas espécies de animais, incluindo cães e gatos e ainda pode ser transmitida ao ser humano, por isso é imprescindível ter alguns cuidados. “O felino, atualmente é a principal fonte de infecção entre os pets, eles têm uma maior vulnerabilidade ao desenvolvimento dessa doença. Observamos uma ação muito agressiva desse fungo, nessa espécie”. Explica Lucas sobre o diferente comportamento da doença entre as espécies.
Entre os felinos a doença é mais agressiva e pode evoluir ao óbito do animal contaminado. “As lesões costumam ser ulceradas e ela tende a evoluir para todo o corpo do animal, gerando um estresse muito grande e o paciente pode até parar de se alimentar.” Ele explica também, que em seres humanos o comportamento é semelhante, mas não com a mesma gravidade e que em ambos os casos, uma intervenção terapêutica pode evoluir para a cura.
Ele explica que o resultado dessa pesquisa é importante para os clínicos melhorarem o diagnóstico e o manejo terapêutico dos pacientes infectados. “Atualmente, no Brasil, essa e a principal doença ocupacional entre médicos-veterinários. Então nós temos muitos casos de esporotricose que é confundido com dermatomicose.” Finaliza o professor que busca esclarecer aos profissionais, as diferenças entre duas doenças parecidas em seu aspecto visual, mas que ameaçam os felinos.
Assessoria de Comunicação Social do CRMV-DF
19 de agosto de 2020
Outras notícias
Acesso Rápido
Contatos
SCS Quadra 01, Edifício Ceará, Bloco E, Nº 30, 14º andar
Asa Sul, Brasília - DF
CEP 70.303-900
CRMVDF@CRMVDF.ORG.BR
(61) 3225-6621
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal © 2022 - Todos os direitos reservados.
Fale com o CRMV-DF!