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Nota de Repúdio sobre reportagem da TV Globo

  • 29 de março de 2021

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal foi surpreendido na edição desta segunda do Telejornal Bom Dia DF, da TV Globo. O apresentador, Fred Ferreira pôs em dúvida a necessidade do Médico-Veterinário quanto participar da vacinação dos profissionais da área da saúde iniciado na última sexta-feira, quando declarou “é difícil de engolir o médico veterinário”.

Nós entendemos que o médico-veterinário atua em várias frentes, entre elas, a identificação e controle de doenças transmitidas de animais para seres humanos. Portanto, fica evidente a importância da vigilância da saúde entre seres humanos, animais e meio ambiente.

Com a finalidade de esclarecer a declaração do Jornalista, o CRMV-DF encaminhou uma nota a produção do telejornal reivindicando seu direito de resposta, que para o nosso entendimento, desrespeita a medicina-veterinária.

O médico-veterinário que atua na clínica está exposto não somente por vontade própria ou por interesse econômico, mas sim em virtude de uma obrigação sanitária. Da mesma forma, o responsável pelo animal não se desloca para um estabelecimento de assistência veterinária ou chama um médico-veterinário para atendimento domiciliar por diversão ou lazer, mas sim para preservar vidas que também importam. Tanto a vida de seus companheiros de estimação quanto à vida daqueles animais que irão prover alimentos às famílias dos brasileiros, como é o caso dos animais de produção.

Nesta relação, tanto o médico-veterinário quanto o responsável pelo animal acabam expostos à contaminação. Não porque são imprudentes, egoístas e negligentes, mas sim porque um terceiro, um ser vivo, que necessita de auxílio precisa de atendimento e não pode buscá-lo por si só.

 

Segue a nota encaminhada a produção do telejornal:

 

  1. Os médicos-veterinários não querem furar a fila. O CFMV e o CRMV/DF reforçam que não solicitam a vacinação de médicos-veterinários que atuam em clínica ou atendimento domiciliar de pequenos e grandes animais em detrimento de idosos, pessoas com comorbidades e dos profissionais que atuam no contato direto com pacientes humanos infectados. A vacinação dos médicos-veterinários, assim como de outros profissionais de saúde, deve considerar o posicionamento destes profissionais e seus assistentes na ordem de vacinação de acordo com sua real exposição ao risco.
  2. O CFMV, inclusive, se colocou à disposição do Ministério da Saúde para dar suporte aos organizadores da campanha de vacinação de covid-19, seja para o levantamento, identificação dos profissionais, seja para definir a melhor forma de operacionalizar a vacinação dos médicos-veterinários que atuam na clínica em todas as suas modalidades
  3. No âmbito do Distrito Federal, o CRMV-DF se coloca à disposição do Governo do Distrito Federal para o que for pertinente a questões técnicas da profissão.
  4. Sobre o risco, o médico-veterinário que atua na clínica está exposto não somente por vontade própria ou por interesse econômico, mas sim em virtude de uma obrigação sanitária. Da mesma forma, o responsável pelo animal não se desloca para um estabelecimento de assistência veterinária ou chama um médico-veterinário para atendimento domiciliar por diversão ou lazer, mas sim para preservar vidas que também importam. Tanto a vida de seus companheiros de estimação quanto à vida daqueles animais que irão prover alimentos às famílias dos brasileiros, como é o caso dos animais de produção.
  5. Nesta relação, tanto o médico-veterinário quanto o responsável pelo animal acabam expostos à contaminação. Não porque são imprudentes, egoístas e negligentes, mas sim porque um terceiro, um ser vivo, que necessita de auxílio precisa de atendimento e não pode buscá-lo por si só.
  6. Para evitar a circulação de famílias que estão contaminadas com covid-19 e cumprindo isolamento, os médicos-veterinários se expõem e atendem em domicílio para prestar assistência ao ser vivo que necessita de cuidados. Atendem diariamente nos estabelecimentos veterinários, pois não se pode negar atendimento em casos de emergência e urgência. Mesmo tomando todas as precauções, o profissional não sabe se o responsável pelo animal está ou não contaminado com o vírus da covid-19, expondo-se a risco involuntariamente.
  7. O médico-veterinário, é um agente de saúde quando atua na área de vigilância sanitária, de modo a contribuir com o correto funcionamento de estabelecimentos comerciais que manipulam alimentos, de modo a garantir segurança a sociedade.8.O Distrito Federal possui 3.106 médicos-veterinários atuantes e 1.276 estabelecimentos veterinários registrados, entre clínicas, ambulatórios, consultórios e hospitais veterinários, para atender uma população de mais de 650 mil cachorros e 191 mil gatos, conforme dados do Instituto Pet Brasil de 2018. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2019 a pedido do Ministério da Saúde, 72% dos lares brasileiros tinham cães e gatos vacinados contra raiva, porcentagem que caiu em relação à 2013, quando o valor era de 75,4% de animais vacinados. Com certeza, em meio à pandemia de covid-19, não é desejável que esse percentual de vacinação de animais caia ainda mais, deixando a população suscetível à transmissão doenças que passam dos animais para o homem.
  8. Desde o início da pandemia, os serviços veterinários foram considerados essenciais por organismos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Associação Mundial de Veterinária (WVA), bem como pelo Governo Federal por meio do Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020 (artigo 3º, §1º, incisos XVI , XVII e XVIII).
  9. A chancela internacional e o decreto presidencial vieram por reconhecer que médicos-veterinários e suas equipes atuam na prevenção de doenças zoonóticas, aquelas transmissíveis do animal ao homem, no gerenciamento de emergências e enfretamento de pandemias, como a que ocorre atualmente com a covid-19, além de terem competência para prestar os cuidados médicos essenciais aos animais, garantindo saúde e bem-estar, com capacidade para mitigar os riscos de disseminação do vírus SARS-Cov-2.

Assessoria de Comunicação Social do CRMV-DF junto ao CFMV.

29 de março de 2021

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