O Brasil, por ser um país de proporções continentais, enfrenta um grande desafio que é a oferta de políticas públicas em saúde. Mas a abrangência territorial não é a única dificuldade dos profissionais que trabalham com epidemias, mas também a circulação de outras doenças, como a dengue, chikungunya, sarampo, entre tantas outras, explica o Médico-Veterinário, Walter Ramalho, professor da Universidade de Brasília, sobre o enfrentamento a pandemia do Covid-19.
Professor Walter Ramalho
Ele também é epidemiologista e explica como uma série de acontecimentos pode dificultar o enfrentamento da Covid-19, em um país tão diversificado e diferentes culturas. “Quando tive a oportunidade de trabalhar no Ministério da Saúde, pudemos trabalhar sobre uma narrativa das desigualdades sociais do Brasil em saúde. Hoje nós também estamos vendo isso com o Covid-19. ”
Walter explica que ainda não é possível afirmar o quanto estes critérios podem impactar a população, já que se trata de uma doença nova e pouco conhecida. Contudo, o professor esclarece que a Covid-19 talvez seja a doença mais pesquisada em um menor período de tempo. “Existem milhares de artigos de pesquisa sobre a doença sendo publicado. Mesmo assim ainda existe uma série de lacunas, como por exemplo, quais individuos irão desenvolver a doença em seu quadro mais grave”. Conclui o Médico-Veterinário, ao explicar que, devido a sua taxa de letalidade ser baixa, muitas pessoas adoecem e continuam circulando, levando a doença a outros indivíduos. Ele destaca que a principal maneira de conter a infecção pelo vírus é diminuindo a circulação das pessoas e melhorando a proteção individual, com uso de máscaras e aumento da higienização das mãos.
Algumas doenças acometem classes sociais distintas, mas adianta que, com a Covid-19, parece ser diferente. “Parece-me que a Covid-19 tem uma dinâmica espacial muito interessante, pois ela começou em um bairro nobre e ela se espalhou. Hoje ela está na periferia. ” Explica que a doença não escolhe classe social afetando a todos.
O professor destaca que, entre os grupos mais vulneráveis estão os profissionais de saúde, devido a superexposição ao vírus “O contato constante com o vírus, e a grandes quantidades de vírus por longos períodos, tornam estes profissionais mais suscetíveis a infecção.”
A Covid-19 é uma doença que afetou o mundo inteiro, em 2020, e os seus impactos fizeram governos junto as suas instituições de pesquisa trabalharem em busca de soluções para enfrentar o problema. Enquanto a tão esperada vacina não é produzida, o trabalho é conscientizar a população em como evitar ser infectado pela doença, ou seja, melhorando a higienização pessoal, sobretudo das mãos; usando máscaras de proteção e evitando aglomerações, quando possível, ficando em casa.
Assessoria de Comunicação Social do CRMV-DF
18 de agosto de 2020
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