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Olimpíadas 2016 Médica Veterinária e atleta olímpica: conheça a história de Fernanda Decno

  • 8 de agosto de 2016

Fernanda cresceu dividida entre o amor pelos cavalos e pela vela. Mas, com muito esforço, foi capaz de assumir ambas as paixões como profissão: entre os treinos e a faculdade, conseguiu se formar em Medicina Veterinária e ser reconhecida como atleta de elite. Nestes Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Fernanda Decnop Coelho, de 29 anos, será capaz de colocar em prática as duas atuações, aparentemente incompatíveis.

A partir desta segunda-feira (8) a fluminense representa o Brasil na disputa pela medalha na vela, na categoria Laser Radial Feminino. Fernanda já conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, e faz, em casa, a sua estreia nos Jogos Olímpicos. Terminada a competição, terá a rara oportunidade de participar também dos Jogos Paralímpicos, desta vez como médica veterinária. Fernanda atenderá o cavalo da uruguaia Alfonsina Maldonado, que compete nas provas de adestramento do hipismo paralímpico.

Em entrevista à Assessoria de Comunicação do CFMV, a fluminense fala sobre o desafio de conciliar as duas profissões e sobre o interesse de exercer a Medicina Veterinária:

Ascom/CFMV – Por que você se interessou pela Medicina Veterinária?

Fernanda Decnop Coelho – Desde a primeira vez que eu vi um cavalo eu sou apaixonada por animais. Na verdade, não só cavalo, mas cachorro e gato. Quando eu era criança eu chegava na casa das pessoas e falava primeiro com o bicho, e depois com as pessoas. Aí eu decidi que seria veterinária pelo bem-estar deles. Enfim, é uma paixão de criança mesmo, assim como a vela, que é um esporte que desde os oito anos de idade eu pratico.  A vela era, vamos dizer, um pouco um hobby, e a veterinária era carreira. Até que apareceu a oportunidade de fazer a campanha olímpica e acabei me formando veterinária em 2010, e assim que eu me formei eu entrei em campanha olímpica. Então comecei a me dedicar totalmente ao esporte. Tentei em 2012 e não me classifiquei, mas me classifiquei agora para 2016 em casa, graças a Deus, e estou muito feliz de representar o Brasil em casa.

Ascom/CFMV – Quando você estava cursando Medicina Veterinária a vela não ocupava tanto o seu tempo então?

Fernanda Decnop Coelho – É, cheguei a puxar um pouco menos de matérias para a classificatória em 2008. Foi uma tentativa porque ninguém tinha classificado o país ainda na minha modalidade. Mas, como eu não estava treinando profissionalmente era difícil classificar. Aí eu fiquei os últimos anos da faculdade fazendo estágio na área de equinos. Só comecei a me profissionalizar mesmo na vela depois que eu me formei.

Ascom/CFMV – Seu interesse é trabalhar em qual área?

Fernanda Decnop Coelho – Eu cheguei a começar uma pós-graduação em 2013, mas eu tive de trancar, porque não dava para conciliar com a campanha olímpica. Realmente é dedicação integral. Eu ia acabar perdendo todas as matérias, então tranquei.  Acabando esse ciclo agora eu vou voltar para a veterinária, porque é a minha paixão. Não quero morrer sem fazer isso. Inclusive aconteceu algo muito legal, através do meu namorado. Ele é brasileiro mas tem pais uruguaios. Ele tinha o contato de uma atleta paralímpica do Uruguai de adestramento, e ela estava buscando um veterinário do Brasil para acompanhar o cavalo dela. Com o contato dele ela me chamou e eu vou participar da Paralimpíada como médica veterinária. Vai ser muito legal para o currículo e voltar já na “janelinha do bondinho” para a profissão.

Ascom/CFMV – Com os treinos e as competições, você sentiu a necessidade de se dedicar inteiramente ao esporte? Quanto tempo você investe na vela?

Fernanda Decnop Coelho – É integral, cinco vezes por semana o treino na água e seis vezes por semana a preparação física. E além da nutricionista, psicólogo, todas as áreas que envolvem o esporte profissional. Tem preparação muscular, aeróbia, tudo o que o esporte exige. Eu acho que num nível olímpico é impossível conciliar com outra carreira. Por exemplo, a Medicina Veterinária é uma profissão que exige educação integral, e um horário de trabalho até maior de quem trabalha num escritório.  Tanto é que eu tive que trancar a pós-graduação  para treinar e me preparar para as Olimpíadas. Terminando os Jogos Paralímpicos eu já volto com tudo.

Ascom/CFMV – Você pode contar um pouco sobre esse trabalho que você vai fazer como médica veterinária nas Paralimpíadas?

Fernanda Decnop Coelho – Estou tentando agilizar de todas as formas possíveis a parte alimentar e do bem-estar do animal, e lá também terão clinicas e veterinários plantonistas para qualquer problema mais específico que o cavalo tiver. Essa é a parte mais legal, vou fazer bastante contato e aprender muito lá também.

Ascom/CFMV –  Você acredita que tem algum tipo de vantagem sobre as competidoras estrangeiras? Você já tinha o hábito de treinar na Marina da Glória?

Fernanda Decnop Coelho – Na verdade a raia olímpica é bem específica no Rio de Janeiro. A Baía de Guanabara tem umas condições muito articuladas de vento e corrente. Então, quem já treina aqui há mais tempo tem vantagem. Mas como os estrangeiros já vieram há quatro anos estudar com equipamentos meteorológicos de última geração, eles acabaram se igualando um pouco nessa questão do conhecimento da Baía de Guanabara. Acho que vai ser uma questão de quem está mais preparado fisicamente e psicologicamente, o que é o principal numa Olimpíada. Isso vai fazer a diferença para quem vai ser medalhista.

Fonte: CFMV

 

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