No Dia do Médico-Veterinário, 9 de setembro de 2018, as mulheres já são pouco mais da metade dos profissionais registrados no país. Dos 124.253 inscritos e atuantes no Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), 62.527 são do sexo feminino e a maioria atua em São Paulo, estado brasileiro com 20 mil médicas-veterinárias.
No Distrito Federal o gênero do profissional também acompanha a média nacional com maioria feminina. Dos 2391 profissionais registrados atuantes, cerca de 57% são mulheres.
Mas a maioria dos profissionais encontram-se em São Paulo, com um total de 33,6 mil médicos-veterinários, seguido por Minas Gerais, com 13,8 mil; Rio Grande do Sul e Paraná, ambos com mais de 11 mil; e pelo Rio de Janeiro, onde há 10,3 mil médicos-veterinários exercendo a atividade.
Do universo de profissionais brasileiros, mais da metade (57%) tem entre 31 e 50 anos idade. Outros 24% estão entre os 20 e 30 anos; e 17% estão na faixa etária de 51 a 70 anos.
Dos 124 mil médicos-veterinários com registros ativos no Brasil, 28,5 mil atuam como Responsáveis Técnicos (RT). Tratam-se de profissionais que respondem técnica, ética e legalmente pelas atividades desenvolvidas em determinada empresa. O objetivo é assegurar à sociedade que os serviços prestados pelos estabelecimentos são realizados e supervisionados por um profissional habilitado, garantindo segurança técnica e jurídica.
Do total de RTs, 30% são responsáveis técnicos em serviços veterinários (ambulatórios, clínicas, consultórios e hospitais); 29% em comércios de produtos veterinários; 18% em estabelecimentos de produtos de origem animal (abatedouros, frigoríficos, laticínios e entrepostos); e 23% distribuídos em outros ramos diversos de atividades.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), em 2001 existiam 100 cursos de Medicina Veterinária no Brasil, sendo que pouco mais de 2800 alunos concluíram a faculdade naquele ano. Hoje, há mais de 340 cursos licenciados pelo MEC. Além disso, em 2016, o Inep registrou 8.750 formandos em Medicina Veterinária. Em 15 anos, um aumento de 207,34% no número de egressos.
Homenagem
Os serviços veterinários são considerados um bem público mundial e têm importância incalculável na sociedade. A missão do profissional vai muito além da promoção da saúde e do bem-estar animal. O médico-veterinário tem compromisso integral e abrangente com a saúde pública, a segurança alimentar e a proteção do meio ambiente.
Especialmente nesses últimos 50 anos, após a criação do Sistema CFMV/CRMVs, os médicos-veterinários foram decisivos na erradicação da febre aftosa, da peste bovina e da peste suína africana dos nossos rebanhos. Além de serem fundamentais por manter o mercado brasileiro de aves livre da Influenza aviária.
Neste 9 de setembro de 2018, a mensagem do CFMV para os profissionais é de orgulho, reconhecimento e valorização profissional.
Parabéns a todos os profissionais da Medicina Veterinária!
Saiba mais sobre a atuação dos médicos-veterinários:
Mercados
Esses dados revelam o crescimento pela procura da profissão no Brasil. E isso não é por acaso. Os médicos-veterinários têm desempenho primordial e consolidado em mercados que representam fatias generosas do crescimento econômico do país: o agronegócio e a indústria PET.
Agronegócio – Os grandes rebanhos brasileiros, o elevado volume de produtos agropecuários, o desenvolvimento dos mercados interno e externo de produtos de origem animal e as políticas de globalização contribuíram para que o agronegócio brasileiro respondesse por quase ¼ (23,5%) do Produto Interno Bruno (PIB) em 2017.
O médico-veterinário, como agente fiscal na produção animal do país, está presente em toda essa cadeia do agronegócio. Desde a genética, passando por nutrição, saúde, manejo, abate, até a gôndola do supermercado. O médico-veterinário é o profissional competente para atestar e garantir a qualidade dos produtos de origem animal consumidos pela sociedade.
As carnes bovina e suína, o frango, o peixe, o ovo, o queijo, o salame, o mel, todos são produtos que, lá na sua origem, são inspecionados e fiscalizados por médicos-veterinários. Eles garantem os cuidados com a saúde dos animais, desde a alimentação, a vacinação e tratamentos para, na ponta, termos produtos de origem animal de boa qualidade aptos ao consumo humano.
PET – A indústria PET é outro mercado que só cresce no Brasil. Fechou 2017 com saldo de mais de R$ 19 bilhões e alcançou um crescimento de 7%, comparado ao ano anterior. A evolução progressiva desse nicho se deve à humanização dos animais como entes da família, colocando o médico-veterinário num patamar de relevância e importante contribuição social, tornando-o um profissional altamente demandado como agente de bem-estar dos bichos domésticos.
Saúde única
O médico-veterinário tem capacitação legal para atuar em áreas como: clínica, fiscalização de carne e leite (assim como seus derivados), pesquisas, centro de zoonoses e epidemiologia, vigilância sanitária, vigilância ambiental e saúde do trabalhador, entre outros campos. Muitas dessas especializações visam, além do animal, beneficiar também a saúde humana e do meio ambiente.
Por isso, a graduação em Medicina Veterinária não diz respeito apenas à saúde animal, diretamente, mas também ao compromisso de agir preventivamente em relação à saúde do homem e ao desenvolvimento sustentável, o que é chamado de saúde única.
Como profissão que harmoniza esse tripé (animal, humana e ambiental), a Medicina Veterinária revela-se uma das profissões mais completas da área de saúde. Justamente por isso, em 2011, o médico-veterinário passou a ser reconhecimento como profissional de saúde pública e competente para compor o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).
Fizeram justiça a uma classe profissional que já trabalhava há anos em prol da saúde pública brasileira, por aplicar conhecimentos da epidemiologia para prevenir as enfermidades animais e melhorar a produção de alimentos.
Desafios
O médico-veterinário sai da universidade um grande generalista. Desenvolver e estabelecer competências e especialidades é um dos grandes desafios para a profissão.
É necessário estimular o desenvolvimento de competências humanísticas nos futuros profissionais, como liderança, atenção à saúde, comunicação, tomada de decisão, administração, empreendedorismo, gerenciamento e educação permanente.
Acerca da especialidade, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) já habilitou 12 entidades para a concessão de títulos em: Cardiologia, Clínica Médica de Pequenos Animais, Acupuntura, Dermatologia, Oncologia, Patologia, Medicina Veterinária Intensiva, Cirurgia Veterinária, Anestesiologia, Homeopatia, Medicina Felina e Medicina Veterinária Legal. A expectativa é que mais especialidades sejam igualmente reconhecidas e regulamentadas.
A proliferação dos cursos de graduação de Medicina Veterinária com qualificação deficiente é outra adversidade a ser enfrentada. O CFMV defende a educação presencial, é contrário ao ensino a distância e se articula politicamente para que sejam estabelecidas políticas que restrinjam cursos superiores sem condições mínimas de oferecer formação de qualidade.
Por outro lado, com vistas a contribuir socialmente com as boas referências, o CFMV tem o processo de acreditação dos cursos de graduação de Medicina Veterinária, que avalia a qualidade dos cursos e torna transparente a excelência do ensino superior para a sociedade e as próprias instituições.
50 anos
A Medicina Veterinária científica existe no Brasil desde 1910, quando surgiram as primeiras universidades no país. No entanto, desde 1933 o exercício da profissão é regulamentado, com a publicação do Decreto 23.133, que normatizou as condições e definiu os campos de atuação do médico-veterinário.
O decreto representou um marco na evolução da profissão e sua data de publicação, 9 de setembro, foi escolhida para comemorar o “Dia do Médico-Veterinário Brasileiro”.
Em 2018, no dia 23 de outubro, completam-se 50 anos da criação do sistema nacional que engloba os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. Trata-se da data da Lei 5.517/1968, que passa a competência de fiscalizar o exercício profissional para a própria categoria.
Composto por médicos-veterinários e zootecnistas, o Sistema CFMV/CRMVs assume o papel fundamental na defesa da saúde da sociedade, orientando, fiscalizando e disciplinando as atividades relativas à profissão. Essa é, inclusive, uma das suas principais funções: valorizar e proteger os profissionais que atuam com disciplina, e abrir caminho para novos campos de atuação regularizados.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CFMV com informações do CRMV-DF
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